A arte de desenvolver os pequenos motivos para nos decidirmos a realizar as grandes acções que nos são necessárias.
A arte de nunca nos deixarmos desencorajar pelas reacções dos outros, recordando que o valor de um sentimento é juízo nosso, pois seremos nós a senti-lo e não os que assistem.
A arte de mentir a nós próprios, sabendo que estamos a mentir.
A arte de encarar as pessoas de frente, incluindo nós próprios, como se fossem personagens de uma novela nossa. A arte de recordar sempre que, não tendo nós qualquer importância e não tendo também os outros qualquer espécie de importância, nós temos mais importância que qualquer outro, simplesmente porque somos nós.
A arte de mergulhar fulminante e profundamente na dor, para vir novamente à tona graças a um golpe de rins.
A arte de viver sem a arte.
A arte de estar só.
Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'
A arte de mergulhar fulminante e profundamente na dor, para vir novamente à tona graças a um golpe de rins.
A arte de viver sem a arte.
A arte de estar só.
Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'