“paperworks” — installations de Andreas Kocks

Andreas Kocks é alemão , vive e trabalha entre Nova York e Munich. As suas instalações feitas com papel recortado e pintado a acrílico branco ou a grafite ,alteram a relação geométrica do espaço de modo emotivo. A impressão que fica é de paredes que se transformam em organismos quase naturezas vivas , que expandem para além dos limites, com uma vitalidade inusual à matéria inerte.

Ver e não Ver

Não vos tem acontecido alguma vez ter os olhos postos e fixos em uma parte, e porque no mesmo tempo estais com o pensamento divertido, ou na conversação, ou em algum cuidado, não dar fé das mesmas coisas que estais vendo? Pois esse é o modo e a razão porque naturalmente, e sem milagre, podemos ver e não ver juntamente. Vemos as coisas, porque as vemos: e não vemos essas mesmas coisas, porque as vemos divertidos.•
Padre António Vieira, in "Sermões

as cerâmicas de Cristina Córdova

Cristina Córdova nasceu em 1976 em Boston mas tem ascendência porto-riquenha. As suas raízes culturais são muito marcadas nas suas figuras de cerâmica, metafóricas , com expressões que são muitas vezes dolorosas, ou estoicamente heróicas, como santos martirizados, mães atormentadas ou anjos resistindo . A sua obra tem uma carga emocional expressa e muito intensa; a opção pela nudez é um elemento que a escultora usa para reforçar a exposição do conteúdo psicológico da figura, como uma revelação daquilo que lhes é mais intimo.

Victoria Sexton -esculpir narrativas

Victoria Sexton (Greenville, Carolina do Norte) tem um trabalho em barro singular.

 Formada em Horticultura, fez um percurso não académico, em artes  frequentando cursos no Studio Arte, ( instituição que promove ensino não convencional em várias técnicas), o que, como diz, lhe deu conhecimentos técnicos fundamentais para desenvolver a sua arte.Com uma obra que varia entre o humor e a provoção, cria esculturas em argila que parecem ser o resultado de alguma alquimia fantástica.

“Nós temos cinco sentidos:
são dois pares e meio de asas.
- Como quereis o equilíbrio?”
David Mourão-Ferreira

"Assim tudo ficou até que não."
Alexandre O'Neill

Tiffany Ownbey ,esculpir com papel

Tiffany Ownbey ( Rutherfordton, North Carolina) tem formação de ceramista, no entanto desde criança que está apaixonada pelo papel maché. Conceptualmente usa temas que se referem a sentimentos e emoções abstractas como felicidade, alegria, raiva, confusão, concretizando a comunicação destas sensações pela cor, forma e composição. Surreal e extravagante na aparência, muitas de suas criaturas parecem contraditórias representam naturezas com características simultaneamente lúdicas e ameaçadoras, desesperadas e satisfeitas, cómicas e sérias, contemplativas e espontâneas, desconcertantes e belas, que as tornam ainda mais realistas. Muito impressivo.

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as ilustrações de nicoletta

Nicoletta Ceccoli  conta com um invejável conjunto de prémios de ilustração tanto em Itália ,pais onde nasceu e onde, foi galardoada com o Prémio Andersen como o melhor ilustrador italiano do ano(2001) , como nos Estados Unidos , onde ganhou quatro vezes o ‘Award of Excellence’ da Communication Arts e uma medalha de prata da Society of Illustrator(New York 2006).
Inocência, surrealismo, fantasia, magia, criaturas estranhas, características muito marcadas e distintas que definem a natureza expressiva do traço desta autora.A poética das suas imagens fantásticas é inspirada , segundo ela,  pela pintura de Piero della Francesca e pelo surrealismo  do ilustrador Stasys Eidrigevicius.
Uma das minhas ilustradoras favoritas,o que mais me fascina é o carácter melancólico e original das obras. É sempre estimulante fruir excelência.