31 janeiro 2011

Poemas visuais de Joetta Maue

Joetta Maue (NY) usa as vivencias do quotidiano como o assunto principal do seu trabalho.                   Fiel às suas emoções, inseguranças, força e inteligência, incorpora  os sentimentos do seu “presente” nos suportes artesanais dum “passado” remanescente de memórias  da sua história familiar.





26 janeiro 2011

Somente pela arte podemos sair de nós mesmos, saber o que um outro vê desse universo que não é o mesmo que o nosso e cujas paisagens permaneceriam tão desconhecidas para nós quanto as que podem existir na lua. Graças à arte, em vez de ver um único mundo, o nosso, vemo-lo multiplicar-se, e quantos artistas originais existem tantos mundos teremos à nossa disposição, mais diferentes uns dos outros do que aqueles que rolam no infinito e, muitos séculos após se ter extinguido o foco do qual emanavam, chamasse ele Rembrandt ou Ver Meer, ainda nos enviam o seu raio especial. 
Marcel Proust, in 'O Tempo Reencontrado'

25 janeiro 2011

as narrativas de papel de Kyoko Okubo

 As criações de Kyoko Okubo,(Japão) remete para  um universo das fábulas, vividas numa interioridade muito feminina ,com sugestões de uma inocência subtilmente erótica. As suas pequenas e gentis figuras são meticulosamente realizadas com papel washi, o papel tradicional do Japão. Belíssimas, estas esculturas de pequena escala , não mais do que 12 cm de altura, são auto-retratos ricos de simbolismo, intimidade e imaginação, como fragmentos de uma história. A narrativa é sugerida, mas a interpretação é deixada ao espectador.







21 janeiro 2011

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Fernando Pessoa)

17 janeiro 2011

as ilustrações da rebecca

Outra ilustradora  que aprecio muito. Irrepreensível no detalhe, com uma estética muito sugestiva e referencias de gosto oriental.

Rébecca Dautremer é uma artista francesa editada em vários países, e é uma da mais reputadas ilustradoras de livros para a infância (editada também em português pela Editora Educação Nacional). As páginas dos livros que ilustrou contêm subtilezas cativantes e que são o resultado da artista trabalhar em estreita colaboração com os escritores em todo o processo de produção do livro. O modo como utiliza os guaches e, por vezes, os óleos, dá ás suas imagens um certo sentimento mágico e misterioso .Vale a pena ver a animação que fez dirigida por Dominique Monféry -  Kerity: La Maison des Contes.

15 janeiro 2011

O acto de criação é de natureza obscura; nele é impossível destrinçar o que é da razão e o que é do instinto.
 Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'

13 janeiro 2011

As ilustrações de Naomi Ryder

Designer extraordinária especializada em ilustração bordada, desenha imagens do quotidiano em criações têxteis bordadas tanto à mão como à máquina, ocasionalmente usando a impressão. Naomi Ryder nasceu em 1978 e vive em Londres, onde trabalha.


11 janeiro 2011

Poemas Haicai

minhas mãos te olham
estranha fotografia
onde meus olhos te tocam
Lisa Carducci
 
chuva lá fora –

os pássaros, molhados,
foram embora
Carlos Seabra

O silêncio, sim,

interrompendo o canto
dos pássaros.
María Pilar Alberdi

sem um novo dia
nem o quotidiano
existiria
Jandira Mingarelli


Voar sempre, cansa –

por isso ela corre
em passo de dança
Eugénia Tabos



durante o teu sonho

eu brinco com as nuvens
e tu não sabes de nada
Lisa Carducci

fecho um livro

vou à janela
a noite é enorme
Carol Lebel

10 janeiro 2011

05 janeiro 2011

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"
Fernando Pessoa (Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares)

04 janeiro 2011

As porcelanas Ruth Gurvich

Ruth Gurvich, nasceu na Argentina em 1961.A artista estudou em Paris, onde vive e trabalha desde1987
 A colecção intitulada “Lightscape” foi criada para Nymphenburg , um fabricante de porcelana europeia, considerado como o melhor artesanato de porcelana dos últimos 250 anos.
 

As peças “Lightscape “são inteiramente baseadas em modelos de papel, esculpida por Ruth a partir de folhas de papel artesanal. Os modelos de papel foram passados aos artesãos em Nymphenburg para serem recriados em porcelana. A porcelana não vidrada e pintada na parte externa, a fidelidade até na textura manteve o seu aspecto, semelhante ao papel, numa correspondência rigorosa  ao efeito dos modelos originais.

03 janeiro 2011

"Porque eu sou do tamanho do que vejo
e não do tamanho da minha altura."
Fernando Pessoa (Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares)