28 abril 2011

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.


Pablo Neruda (Últimos Poemas)

26 abril 2011

Pintura/Colagem de Mark Khaisman

Mark Khaisman (1958, Kiev, Ucrânia) vive e trabalha em Filadélfia. Estes trabalhos surpreendentes são feitos com fita adesiva castanha translúcida sobre painéis de acrílico que, uma vez iluminados revelam o desenho elaborado com as sobreposições de  fita , aplicada de maneira a criar os vários valores de luz. 


25 abril 2011

Abril de Sim Abril de Não

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.

Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.


Manuel Alegre em "30 Anos de Poesia" - Publicações Dom Quixote

21 abril 2011

Tara Donovan, espaço forma e luz

Tara Donovan , uma artista americana contemporânea, utiliza elementos prosaicos, incluindo cabos eléctricos,  alfinetes,  pratos de papel e palitos de dente, dispostos de modo  que por vezes imita a organização das formas geológicas e biológicas. As instalações escultóricas da artista são baseadas nas propriedades físicas e capacidades da acumulação de um único material. È muito interessante a forma como ela apresenta uma massa inalterada de objectos simples, que não disfarçam o que são, ao mesmo tempo que sugere um poderoso fenómeno perceptivo, com efeitos atmosféricos subtis e de forte impacto para o olhar.

 

18 abril 2011

Rumor

Acorda-me
um rumor de ave.
Talvez seja a tarde
a querer voar.
A levantar do chão
qualquer coisa que vive,
e é como um perdão
que não tive.
Talvez nada.
Ou só um olhar
que na tarde fechada
é ave.
Mas não pode voar.

Eugénio de Andrade

16 abril 2011

As porcelanas de Cheryl Ann Thomas

Cheryl Ann Thomas (USA) é uma ceramista que modela  formas frágeis de uma grande beleza e elegância poética,onde projecta um diálogo interior próprio. As cores “limpas” e intencionais reforçam uma dinâmica algo incerta  como se fossem “frames” de os movimentos profundos e  intensos , sem desfecho definido. 
  Nestas peças “Reliquias” reflecte sobre o envelhecimento; as desilusões, as esperanças e as dificuldades em lidar com o sofrimento, todos os altos e baixos que moldam nossas vidas preciosas. Ann disse: "Meu trabalho é um inquérito íntimo e experiencial em situações de fragilidade e perda."

                   



Vik Muniz, arte feita em açúcar, chocolate, lixo e tudo o mais

Vik Muniz ,artista plástico brasileiro, radicado em Nova York, reproduziu obras de artistas consagrados utilizando materiais inusitados como: chocolate, açúcar, geleia, manteiga de amendoim... 
 Aqui ele descreve o pensamento por trás do seu trabalho e nos leva numa viagem pelas suas incríveis imagens.




           


05 abril 2011

Os desenhos em metal de Frank Plant

Frank Plant é um escultor  americano que vive em Barcelona. Usando aço soldado e compondo com objectos/desenhos onde a bidimensão  e a trimensionalidade se confudem numa subtileza ambivalente que interroga o nosso olhar.
 A temática das suas instalações é provocativa e engajada, marcando uma posição. Dizem algo de quem a fez, da época em que foram feitas e de quem possui a peça, numa espécie de cartão de visitas artístico que faz uma declaração sócio-política . 








01 abril 2011

O olho humano

 


O olho humano tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5cc.
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para protecção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coroide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar a parte vascular. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.
Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.
O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que leva a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.
Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direcção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objectos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.
O olho ainda apresenta, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contacto com os olhos.
A conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela protecção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.
O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.
O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 - 1684).

Fonte Wikipédia